Descubra como surgiu a ideia de Round 6, a série sul-coreana que virou fenômeno global. Conheça os bastidores, os desafios do criador e a mensagem por trás da trama sombria.
Poucas séries conseguiram impactar o mundo da forma como Round 6 (ou Squid Game) fez. De repente, um drama coreano com jogos mortais e crítica social tomou conta das redes, das fantasias de Halloween, das conversas de bar. Mas o que pouca gente sabe é que por trás do sucesso estrondoso, existe uma história de persistência, rejeição e uma ideia que quase foi esquecida.
Sim, Round 6 quase não existiu. E o caminho até a tela foi tão tenso quanto os próprios jogos da série.
Um sonho rejeitado por anos
O criador de Round 6, Hwang Dong-hyuk, teve a ideia da série em 2008, mais de uma década antes de ela ser finalmente produzida. Inspirado por mangás japoneses como Battle Royale e Liar Game, ele queria criar algo que unisse crítica social, drama humano e tensão psicológica, usando jogos infantis como metáfora para a brutalidade da sociedade adulta.

Porém, os estúdios não acreditavam no projeto. Disseram que era violento demais, estranho demais, e que o público não se conectaria com a história. Durante anos, Dong-hyuk ouviu “não” atrás de “não”.
Sem apoio, ele chegou a vender seu próprio notebook por dificuldades financeiras.
A virada com a Netflix
Foi só quando a Netflix decidiu apostar em produções internacionais e deu mais liberdade criativa para roteiristas de fora do eixo hollywoodiano que Round 6 teve sua chance. O roteiro original de 2009 foi finalmente revisado e aprovado.
A Netflix entendeu o potencial do projeto, não apenas como entretenimento, mas como uma crítica poderosa às desigualdades e à competitividade do mundo moderno.

O resultado? Em poucos dias após a estreia em 2021, Round 6 se tornou a série mais assistida da história da plataforma, alcançando mais de 100 milhões de lares no mundo inteiro.
Influências e inspirações
Dong-hyuk não se inspirou apenas na cultura pop. A crise econômica da Coreia do Sul, as dívidas pessoais de milhões de cidadãos, os esquemas de empréstimo impagáveis e a solidão das grandes cidades estão todos embutidos na narrativa.

Além disso, ele incluiu aspectos autobiográficos: ele próprio cresceu em um ambiente de pressão, onde estudar, competir e vencer era tudo. O protagonista Gi-hun é, em muitos sentidos, um reflexo dessa vivência.
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Mais que entretenimento
Round 6 não foi feito para ser só “assistido”. Ele foi feito para ser sentido e debatido. A série provocou reflexões sobre o valor da vida, a natureza humana, a desigualdade econômica e até sobre o papel do entretenimento como fuga ou armadilha.

Hwang Dong-hyuk conseguiu o que poucos criadores conseguem: colocar o mundo inteiro para pensar, mesmo dentro de uma história violenta e surreal.
Conclusão
A criação de Round 6 é uma história de resistência criativa. De um roteiro rejeitado por anos a um fenômeno global, a série nos mostra que ideias poderosas não morrem apenas esperam o momento certo.
E você, já conhecia essa história por trás dos bastidores? O que mais te marcou em Round 6? Comenta aqui embaixo e compartilha com aquele amigo que adora saber dos “segredos” das séries.
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